Kamen Rider Kuuga, a revitalização de um clássico | Crítica – A Editora JBC lançou recentemente no Brasil o volume 1 de Kamen Rider Kuuga, que é publicado no Japão desde 2015 pela revista HERO’S. O produtor e diretor da Toei Company, Shinichiro Shirakura, selecionou essa mangá para que ele passasse por uma revitalização e trouxesse uma história mais madura.

Para os fãs de plantão, óbvio que o mangá conta com personagens originais da série, mas os leitores podem aguardar algumas adaptações quanto as suas respectivas personalidades e também aparência, o que foi muito positivo para o roteiro.

Kuuga tem um grande cuidado em manter a essência de sua franquia e claro, respeitando a obra original, mas mesmo assim a trama não deixa de trazer uma visão mais madura focada para os novos fãs e também para aqueles que cresceram com Kamen Rider.

A revitalização

Adaptada da série de “Tokusatsu” de mesmo nome, a obra conta a história de um achado arqueológico no começo de 2015. Essas ruínas de Kurogatake guardavam um selo antigo que aprisionava as criaturas do antigo clã Grongi.

Esse achado é seguido por uma série de assassinatos cruéis, cometidos até então por criaturas desconhecidas que tem uma força e agilidade fora do normal, além de também poderem se disfarçar de humanos.

Kamen Rider Kuuga
Reprodução: Editora JBC

No ponto focal da trama temos o detetive Kaoru Ichijo, o melhor da força policial, mas o mangá também não se esquece de explorar os laços de amizade entre os políciais – com uma pitadinha de humor. Kaoru nessa obra se apresenta como um personagem mais acessível e simpático, já por outro lado vemos uma nova versão de Yusuke Godai.

Esse jovem viaja pelo mundo fazendo bicos pelos lugares onde passa e retornou ao Japão para visitar os seus amigos, como a pesquisadora Sakurako Sawatari, especialista em civilizações antigas. A trama se desenrola a partir do momento que Sakurako é sequestrada e Godai acaba se tornando hospedeiro de Kuuga, que é uma espécie de entidade cujo a missão é deter esses monstros que estão atacando o Japão.

Outro ponto de destaque que funciona super bem no mangá são as personalidades opostas de Godai e Ichijo, que geram muitas cenas de humor no cotidiano dos personagens e “tempera” essa história de ação e terror.

Veredito

Kuuga traz uma leitura mais madura, que é reflexo da escrita de Toshiki Inoue. A trama não poupa cenas de sangue e muita violência, porém nada é utilizado apenas de forma gratuita e gráfica. Um ponto positivo que também pode agradar os novos fãs é a arte “limpa” de Hitotsu Yokoshima, que mesmo com cenas “cheias” em preto e branco, ainda é possível compreender a cena.

O mangá é uma excelente porta de entrada para quem que conhecer mais sobre o universo de Kamen Rider e embarcar em uma leitura instigante de uma franquia lendária.

Ficha Técnica

Essa edição da editora JBC é em formato big, que compila dois volumes originais em um só. O primeiro volume foi publicado no Brasil no dia 25 de novembro de 2021 e conta com 416 páginas.

REVER GERAL
Enredo
Design
Edição brasileira
Thai Spierr
Crítica, criadora de chocobo e consumidora de animes e games em tempo integral. Especialista em estudos sobre acessibilidade e classificação etária em jogos
kamen-rider-kuuga-a-revitalizacao-de-um-classico-criticaO mangá Kamen Rider Kuuga lançado no Brasil pela Editora JBC se apresenta como uma revitalização de um clássico com uma pegada brutal e que respeita a essência da franquia.