Para quem acompanhou a minha review da versão de Dauntless para Switch, viu que eu comentei as semelhanças existentes entre os jogos e o fato de eu nunca ter jogado um jogo da franquia de caçar monstros da Capcom. Só que agora eu pude finalmente pôr as mãos em um jogo da série, no caso, Monster Hunter Rise.
Resumindo de forma bem simplista para quem não conhece a franquia, Monster Hunter é um jogo no qual você caça monstros, coleta materiais de seus corpos e utiliza para forjar novas armas e equipamentos, assim progredindo no jogo e se preparando para enfrentar outros monstros cada vez mais fortes.
Uma monstruosidade de possibilidades
Na minha review do free-to-play da EPIC, citei a variedade de categoria de armamentos disponíveis para jogar (lá eram 6, no caso). Já aqui temos mais do que o dobro entre lanças, espadas, machados e tantos outros itens do arsenal. Isso com cada um dos armamentos tendo o seu próprio estilo de gameplay. E a cada novo monstro enfrentado é possível criar novas armas da categoria que você achar que se adapta melhor ao seu estilo de jogo.
Os melhores amigos do caçador e da mobilidade
Um dos pontos altos mais elogiados de Rise é a variedade de formas possíveis de se mover pelo cenário e com toda a razão. Em Rise temos como ajudantes um Amigato e um Amicão. Enquanto o primeiro pode ser configurado para atuar de forma fixa, curando o seu personagem ou atacando por exemplo, o segundo brilha em toda a sua majestade canina servindo como montaria.
E tenho que destacar o quanto o Amicão ajuda. Seja para percorrer grandes distâncias ou para alcançar monstros mais velozes que certamente nos deixariam comendo poeira se tentássemos ir atrás deles a pé. OK, já sabemos que o Amicão cuida da mobilidade horizontal, mas e a vertical? Como fica? Esse é um trabalho para os Cabinsetos.
Os Cabinsetos são uma mecânica introduzida neste jogo que nos permite atirar Sedaférrea. E a Sedaférrea pode ser lançada na direção de uma parede ou até mesmo do ar para que sejamos puxados na direção desejada como um verdadeiro Batman do Japão Feudal. E isso simplesmente muda completamente o jogo. Pois montanhas e penhascos que antes eram obstáculos intransponíveis, são deixados para trás em questão de segundos.
E essas nem são as únicas possibilidades dos insetos, pois eles pois a Sedaférrea pode ser usada em ataques junto com o seu armamento possibilitando toda uma nova gama de ataques, além de serem os responsáveis por permitir a você, mesmo que temporariamente, montar e controlar os monstros do jogo. E isso é incrível.
E o cuidado da Capcom neste ponto é nítido, pois além de desenvolver ataques específicos para cada arma usando os Cabinsetos, eles fizeram o mesmo com cada monstro que você monta, dando mais uma motivação para a sua caçada.
Difícil para o iniciante, mas recompensador.
Muita gente me indicou Monster Hunter Rise como um bom jogo para quem é iniciante na franquia, por ter simplificado algumas mecânicas mais complexas de jogos anteriores, mas vou ser bem sincero. Foi um pouco difícil para mim superar o início de jogo.
São tantos textos e tutoriais no começo do jogo que torna o início bem cansativo. Provavelmente se as mecânicas fossem introduzidas mais em gameplay do que em forma textual e de forma mais gradual a experiência seria mais agradável.
Algo a se destacar é que o ótimo trabalho de localização da Capcom para o português brasileiro tornou toda esta dificuldade inicial bem menos desgastante do que seria enfrentá-la em idioma estrangeiro.
Um dia é da caça e o outro é do jogador
Passados os momentos iniciais de jogo, Monster Hunter Rise entrega uma experiência libertadora que premia o jogador que se dedicar a explorar o melhor de suas mecânicas com possibilidades incontáveis de opções de ataques e movimentações. Se você já curte a franquia é pedida certa. Caso seja um novato como eu, pode ser complicado no início, mas vai valer a pena.
