Jogos com um bom humor e que não se levam a série são em sua maioria bem vindos por serem divertidos e descompromissados. Esse é o caso de Destroy All Humans, um clássico cult lançado originalmente para Xbox e PlayStation 2. O jogo ganhou sua versão refeita para a atual geração, Xbox One, PlayStation 4 e PC, em 28 de julho.
O trabalho foi feito pela Black Forest Games e distribuído por THQ Nordic, sendo mantidas as características originais do jogo clássico. Por ser um remake, não foram acrescentados novos conteúdos.
A invasão
O enredo é bem simples e previsível, sendo essa uma das graças do jogo. Na pelo do alienígena Crypto-137 vamos realizar atos bárbaros, como vaporizar e abduzir pessoas e animais e destruir locais inteiros com a nossa nave, na década de 1950.
A invasão a terra não visa apenas a dominação, mas também a reprodução da espécie como é explicado logo no começo do jogo. Entre as explicações estão que são feitas constantes abduções para a obtenção de DNA para a clonagem. A raça invasora não consegue se reproduzir como os humanos e o DNA que eles utilizam vão se perdendo com as réplicas.
Como dito anteriormente, os fatos do jogo não são levados a sério e são contados com muito humor. Assim, são permeados de piadas e trocadilhos infames. A mesma coisa pode se dizer das falas dos humanos e dos extraterrestres durante o jogo.
Melhorando o personagem
Inicialmente, o protagonista possui poucos poderes. Para a obtenção de pontos para upgrades é necessário obter DNA que será coletado ao cumprir as missões, achando robôs de sondas pelo mapa ou roubando o cérebro dos humanos da forma mais literal que vocês imaginarem. As melhorias são feitas na nave mãe, onde também é possível melhorar a nave que usamos na terra e rejogar mapas já concluídos.
As habilidades são liberadas com o decorrer das fases, só assim poderão ser melhoradas. As customizações não se limitam somente nas habilidades, pois é possível liberar novas skins para o Crypto.
A estrutura da exploração
Ao escolher o mapa que irá jogar, as mecânicas são apresentadas segundo a necessidade de avançar e são bastante simples e intuitivas. Basicamente nosso objetivo é obter DNA, então podemos navegar livremente destruindo tudo, o que não leva a lugar nenhum, mas é divertido, ou realizar as tarefas liberadas. As missões funcionam como minigames e quanto maior for sua pontuação, mais DNA será ganho no final.
Com a realização das missões novas habilidades são desbloqueadas. Isso permite que missões de outros mapas relacionadas a tais poderes possam ser acessadas e a história tenha continuidade em meio a esses pequenos trechos. Entre nossos poderes estão a levitação, manipulação de comportamento, leitura de mente, se passar visualmente por humano, entre outros.
Veredito
Destroy All Humans é um jogo que pode ser nostálgico para quem jogou a versão original e muito divertida para novos jogadores. Assim, a nova versão ficou fiel e com um visual digno da atual geração de consoles.
Se o visual e as principais características foram mantidos, os principais problemas também. Felizmente eles não estão relacionados a jogabilidade ou bugs, mas sim, ao próprio humor e estrutura de missões. Mesmo não sendo um jogo longo, a graça pode ficar forçada e as missões repetitivas.
Mas vale a pena? Sim! Os problemas podem se apresentar para aqueles que pretendem fechar o jogo em um único dia. Quando jogado de forma descompromissada é divertido e pouco cansativo.