Scarlet Nexus é o JRPG que você precisa jogar! | Crítica – Scarlet Nexus é um RPG de ação hack and slash desenvolvido pela Bandai Namco. No game você pode assumir o controle de Kasane Randall ou de Yuito Sumeragi, ambos protagonistas da história ~apesar da Kasane ser a rainha suprema do jogo~. Eles são membros da “Força de Supressão” que têm a tarefa de defender a cidade de Criaturas para lá de estranhas que lembram até os experimentos de Shou Tucker em Fullmetal Alchemist.
Enredo e Direção
Os Psiônicos são pessoas que controlam diversificados poderes. Eles nasceram com quantidades muito altas de hormônicos psiônicos e são uma pequena porcentagem da população.
No início do jogo parece que a história será bastante linear e muito genérica, e para tranquilizar vocês, devo dizer que Scarlet Nexus guarda diversas surpresas nem um pouco previsíveis no decorrer da trama. A trama vai além do extermínio de criaturas e nos apresenta uma história política densa entre Nova Himuka, Togetsu, Suoh e Seiran.
Em Scarlet Nexus vivemos em uma realidade distância onde a humanidade desenvolveu uma tecnologia incrível e formou uma sociedade com base em diversas substâncias achadas no cérebro humano. Esse grupo intitulado como a “Força de Supressão” recruta esses membros com habilidades sobrenaturais para proteger toda a população das Criaturas que saem de misteriosos Cinturão de Ruptura.
O diretor do game, Kenji Anabuk, fez um excelente trabalho em Scarlet Nexus ~tanto narrativo quanto nos combates~ já que o mesmo havia prometido que no game veríamos objetos e pessoas conectadas com linhas vermelhas que representam uma grande parte no visual e na histórias do jogo.
O Brain Punk
Além de todo esse desentendimento político das cidades acerca das Criaturas, poderes bélicos, experimentos e o misterioso Portal de Kunad, em Scarlet Nexus também somos apresentados a um time para lá de curioso, com cada personagem podendo ter sua história explorada nos interlúdios ~amigos e amigas, é só eita atrás de vish~.
Cada cidade no jogo tem seus próprios segredos que movem suas escolhas políticas e econômicas, e um fato curioso e que vale ser ressaltado é que cada local se diferencia bastante esteticamente e sonoramente.
Todo o design do game é baseado em uma grande mistura dos subgêneros “punk”, mas sem deitar sua influência japonesa para trás. Isso fica ainda mais visível nas trilhas sonoras, que misturam batidas punks com instrumentos orientais.
Combate
No game você acaba percebendo que os verdadeiros vilões não são as criaturas bélicas, e sim os próprios humanos, mas apesar disso você ainda tem que aniquilar muitas delas. Para isso o jogo permite que o jogador faça uma boa mistura com a sua party, que é de fácil acesso.
O jogo toma cuidado para não introduzir um combate complexo logo no início, assim permitindo que o jogador “pegue o jeito” de acordo com a evolução dos combos ~falo isso de coração, me peguei jogando no HARD usando os 8 membros da party com tudo gravado na cabeça~.
O diretor também se importou em fazer com que os membros tenham ataques extremamente variados permitindo que o jogador opte por montar seu time e seus combos favoritos ~a não ser que você jogue no HARD, aqui você terá que usar de tudo e mais um pouco~.
Scarlet Nexus é um jogo bem intuitivo, mas nem por isso é fácil! Para quem gosta de um jogo que apresente desafios, certamente o modo HARD é para você ~recomendo jogar nele desde o início para pegar o jeito~. Além disso o game também utiliza puzzels baseados nos ataques especiais de sua party, ou seja, se você quiser algum relatório importante que servirá para troca de itens ou algum plug-in, você terá que resolvê-los. Mas não precisa se preocupar, se você ficar atento as falas de sua party, você terá acesso a dicas.
O “Campo cerebral” é uma peça chave nos combates! Um psiônico, como o nosso personagem, pode criar um espaço especial onde eleva seus poderes ao máximo. Podemos ativá-lo ligando o Foco Cerebral por um certo período de tempo (L3 + R3).
Ao longo do jogo você pode mudar as táticas de seu time para que eles batalhem livremente, ataquem os mesmos inimigos que você ou inimigos diferentes, lutar com cautela e focar em manobras evasivas. Cada modo tem o seu foco principal, seja em cura, ataques pesados ou apenas suporte.
Ao longo do jogo entre os capítulos temos os “interlúdios”, onde os jogadores podem ir para o Esconderijo para recuperar os pontos de vida (PV), conversar com os colegas de equipe para fortalecerem a amizade e consequentemente melhorar o vínculo nas batalhas com novos ataques e movimentos de suporte, e por fim também realizar “troca” com seus relatórios de batalha que você coleta ao longo do jogo.
Por fim temos o “Mapa Mental”, que mostra quais habilidades você aprendeu e permite que você aprenda novas habilidades usando PC. Alguns conjuntos de habilidades possuem um único caminho de aprendizado, enquanto outros se dividem em categorias.
Vale a pena?
Scarlet Nexus te apresenta uma jornada de quase 20 horas de jogo (no HARD) com direito a reviravoltas políticas, colonização, redescoberta, viagens no tempo e isso tudo acompanhado por uma excelente trilha sonora.
Ambas as linhas de jogo (Yuito e Kasane) tem seu charme, mas se eu tivesse que recomendar uma, certamente seria da Kasane, já que o impacto emocional em seu plot acaba sendo maior devido aos seus vínculos com certos personagens.
O jogo também é uma excelente pedida para os fãs de JRPGs como Persona, já que vão se identificar com a forma narrativa que o diretor optou por colocar. Infelizmente não poderei analisar a localização em inglês, pois joguei em Japonês ~inclusive, recomendo fortemente a jogar em japonês~.
A Bandai também localizou o game para o português-BR, apesar de conter alguns erros de acentuação, não é nada que prejudique sua experiência.
