Jogos de skate são clássicos nos videogames e sem dúvidas marcaram a vida de muitos jogadores, seja pelo hype do esporte, divertida gameplay ou as marcantes trilhas sonoras.  E se ao invés de humanos tivéssemos pássaros em skate fazendo manobras? Esta é a proposta de Skatebird!

Desenvolvido e publicado pela Glass Bottom Games, o Tony Hawk’s com asas e piados foi lançado em 16 de setembro para PC (via Steam), Xbox One e Nintendo Switch. O game já está incluso no catálogo do Xbox Game Pass desde seu lançamento.

Customização e manobras

Skate também é estilo e aqui não é diferente. A customização dos passarinhos dá grande liberdade ao jogador. Assim, é possível alterar desde sua cor, espécie e acessórios como bonés , correntes, cachecol e outros adereços. Possibilitar esse tipo de personalização foi um bom caminho para inserir o jogador ao contexto do jogo e faze-lo entender que as regras não se aplicarão de forma diferente na gameplay.

SkateBIRD - 3

Por jogarmos com pássaros, podemos utilizar o seus recursos específicos nas manobras, ou seja, o bater de asas e influenciar na altitude alcançada e correções de queda, por exemplo. No demais, as manobras as padrões para jogos do esporte, mas executadas com uma certa dureza devido a pouco mobilidade do personagem que controlamos.

As pistas disponíveis são interessantes e criativas, em sua maioria explorando ambientes internos de casa com materiais do dia-a-dia que formam as rampas e corrimãos. O desbloqueio de novas pistas ocorre quando avançamos nas missões. Elas estão disponíveis pelo mapa e se apresentam da forma tradicional ao gênero: faça uma serie de manobras ou colete itens antes que o tempo acabe.

Conceito curioso, mas …

Um ponto a se elogiar no jogo é sua trilha sonora, que é original e foi composta por Nathan Madsen. Diferente do uso de músicas punk ou algo mais agitado, aqui temos uma intensão mais relaxante e que ambienta bem o jogador com as atividades realizadas nas missões.

Entretanto, Skatebird apresenta alguns problemas que podem tornar a curiosa e divertida proposta em uma experiência enjoativa. Primeiramente, a câmera é pouco funcional, já que pequenas mudanças para tentar acertar o ângulo e ver a manobra podem resultar em um deslocamento excessivo que leva ao erro.

SkateBIRD - 1

Outro ponto é a animação do personagem, porque por mais que a customização seja importante e a física diferenciada pelo bater de asas, certas movimentações se apresentam de forma robótica demais. Entre elas está a queda, que remete a pedra indo ao chão sem a sensação visual de impacto.

Animações de manobras também ocorrem de forma abrupta. Por exemplo, ao subir uma rampa e realizar a manobra “Blunt” – aquela que o skate fica equilibrado na borda – na volta. A transição entre os movimentos ocorre de forma artificial e como que fazendo surgir o personagem na posição da nova manobra.

SkateBIRD - 2

Veredito

Skatebird é um jogo divertido e que traz uma proposta inusitada em meio a franquias gigantes do esporte. Sua customização é bastante completa, a trilha sonora bem produzida e a variedade de pistas satisfatória. Infelizmente o jogo peca em animações do personagem e na confusão que a câmera pode causar na execução das manobras.

Chave de Xbox One cedida pela Glass Bottom Games

REVER GERAL
Gráfico
Gameplay
Customização
Trilha sonora
Renan Alboy
Editor do Megascópio e apaixonado por quadrinhos e jogos. Mestre em Ciência da Computação e jornalista.
skatebird-se-tony-hawk-fosse-um-pardal-criticaSkatebird apresenta uma ideia curiosa e divertida, dando boas possibilidades de customização. Porém, peca em suas gameplay com mecânicas confusas e uma camera pouco funcional.