Teerra & Windy | Crítica Se você está procurando por uma aventura fantasiosa nacional em formato mangá, certamente Teerra & Windy da Cah Poszar é uma excelente pedida!

Antes de entrarmos na trama, vale ressaltar que nessa obra os leitores poderão notar influências de franquias como Zelda, Final Fantasy, Ragnarok, Fullmetal Alchemist e várias outras obras que a autora gosta.

A Trama

Em Teerra & Windy embarcamos em um mundo onde existem animais mágicos e reinos em guerra. A trama segue o jovem Luka, que é um habilidoso arqueiro e cego de um olho. Devido a regras impostas pelo seu clã, o mesmo foi abandonado na floresta do reino e foi adotado pela loba Teerra e o harpia Windy ~eu nunca vou perdoar a Cah por ter me feito shipar esses dois~.

Teerra & Windy Crítica

A trama começa com Luka muito jovem sendo criado por sua família animal adotiva e após receber um dos olhos de Windy, ele então decide disputar um campeonato nacional para conseguir uma licença do Rei para sair desse reino murado.

Essa obra apesar de ter ganchos magníficos, infelizmente se apressa em alguns momentos não aproveitando pontos narrativos com grande relevância, mas por outro lado isso faz com que a obra seja uma excelente porta de entrada para o público mais jovem que gostaria de consumir tramas nacionais.

Em Teerra & Windy vemos Luka em sua fase criança e depois adolescente, com um misto de motivações que são conectadas por laços familiares. Com o crescimento do personagem, vemos suas motivações ficarem cada vez mais maduras e o jovem arqueiro se tornando digno de ter a proximidade com os espíritos da floresta.

A autora também utiliza bastante de nosso folclore na trama e podemos notar isso com a inserção da entidade Caipora, que na história é uma espécie de “Deusa Suprema” que cuida de todos os “espíritos da floresta” vivos.

Elementos fantasiosos como transformações são frequentemente utilizados ao decorrer da trama. Certamente podemos falar que a loba mal-humorada Teerra rouba vários momentos da história, já que é por causa dela que temos os momentos humorados da trama. Um dos pontos positivos nesse mangá é que a autora fez um protagonista autossuficiente, mas mesmo assim doce e sem criar a necessidade de haver um par romântico para Luka.

Volume Único da JBC

A Editora JBC também não pode deixar de ser citada. Com uma edição única belíssima e com um acabamento de excelente qualidade, a obra de Cah Poszar ganha mais brilho! Teerra & Windy foi a primeira obra profissional da autora e um fato curioso sobre essa edição é que o “Prólogo” foi adicionado apenas em 2020, após a conclusão da obra há alguns anos.

Teerra & Windy Crítica

Pela obra fazer parte da evolução da Cah como desenhista, podemos notar algumas cenas com dimensões um pouco fora das proporções, mas não é algo que atrapalhe a experiência do leitor como um todo. No prólogo, que foi feito mais recentemente comparado ao resto da obra, já podemos notar uma evolução da artista.

O traço em diversas cenas podemos notar semelhanças entre Link do jogo Zelda e Luka, além do traço do diretor e designer Tetsuya Nomura, que trabalha em franquias como Kingdom Hearts e Final fantasy.

Queremos mais!

Teerra & Windy termina com um “Epílogo” colorido de tirar o fôlego e que aquece o coração do leitor, mas deixa um gostinho de “quero mais”.  Será que podemos sonhar com uma one-shot? Isso, só a Cah poderá nos dizer.

A obra é uma excelente pedida para quem quer ter um primeiro contato com mangás e também com tramas de fantasia não brutais, mas mesmo assim com uma carga emocional bem trabalhada.

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REVER GERAL
Enredo
Design
Acabamentos da Edição
Thai Spierr
Crítica, criadora de chocobo e consumidora de animes e games em tempo integral. Especialista em estudos sobre acessibilidade e classificação etária em jogos
teerra-windy-criticaA obra é uma excelente pedida para quem quer ter um primeiro contato com mangás e também com tramas de fantasia não brutais, mas mesmo assim com uma carga emocional bem trabalhada.