Um grupo de estudantes e um acidente na estrada. Uma cidade no meio do nada e uma ligação com o passado. Sejam bem-vindos. Little Hope te espera.
Desenvolvido pela Supermassive Games e publicado pela Bandai Namco Entertainment, The Dark Pictures Anthology: Little Hope é o segundo de oito jogos planejados para a Saga Dark Pictures. A primeira aventura atende pelo nome de Man of Medan, e o próximo título terá o nome de House of Ashes.
Escolha bem seu destino
The Dark Pictures Anthology: Little Hope é um jogo de terror interativo, bem ao estilo de outros grandes jogos já lançados, como Heavy Rain, Detroit: Become Human e Beyond: Two Souls. Ou seja, todas as suas decisões influenciarão no jogo e na história em si.
A história do jogo é a típica história de filmes de terror. Andrew, Angela, Taylor e Daniel são estudantes universitários que estão em excursão com o professor John, quando subitamente o ônibus sofre um acidente no meio da estrada perto de Little Hope, uma cidade abandonada da Nova Inglaterra, outrora conhecida pela forte caça às bruxas. Ao se depararem com o fato de que não conseguem sair da cidade por causa da espessa neblina, o grupo precisa descobrir um jeito de sair da cidade, em meio a estranhos eventos sobrenaturais.
Um ponto muito interessante nisso tudo é que, por você escolher o destino dos personagens, é mostrado que o jogador está, na verdade, ouvindo a história da boca de um curador, que vai lhe contando o que ocorre e te dá a opção de escolher o que faz. É como se fosse um daqueles “livro-aventura” de RPG, onde você vai escolhendo a forma de progredir na aventura. Simplesmente incrível.
Um outro fato legal é que o personagem Andrew é interpretado pelo ator Will Poulter (Família do Bagulho), que emprestou o rosto para a caracterização do personagem. O mesmo aconteceu com Ellen Page e Willem Dafoe em Beyond: Two Souls.
Olhe para todos os lados…
O jogo pode ser jogado sozinho, mas também há a possibilidade de jogar online ou com amigos, no bom e velho modo presencial cooperativo. No modo cooperativo local, cada hora um assume o controle e acompanha um personagem. Não me parece muito emocionante assim
A ambientação de Dark Pictures é excelente e te põe dentro da narrativa. Aliado ao bom trabalho sonoro, é como se você estivesse ali, com os nossos heróis da aventura. A ambientação de Little Hope é muito bem feita, lembrando muito a vila em Resident Evil 4, e a cidade envolta numa neblina, como em Silent Hill.
Jumpscares são uma constante em Little Hope, portanto, espere alguns pequenos grandes sustos.
A maior parte do jogo é baseado em escolhas e Quick Time Events, que influenciam diretamente no destino de alguns personagens. Erre um QTE e seu personagem pode cair no esgoto e a história ir parar em outro ponto. Por isso, não espere um jogo complexo no sentido de botões e movimentação; você usa poucos botões. E isso é bom.
Falando em botões, um dos pontos fracos de Little Hope é quando tomamos o controle do personagem. A jogabilidade é travada, lembrando um pouco a jogabilidade tanque dos primeiros Resident Evil.
…o mal pode estar bem atrás de você!
O relacionamento dos personagens também influencia na narrativa. A cada escolha feita, os personagens reagem de forma positiva, neutra ou negativa. Sendo assim, você pode criar intimidade com um determinado personagem; já outro, se você apenas escolher opções ruins, ele vai passar a ter um comportamento diferente.
Outro ponto negativo de Dark Pictures é o fato de a legenda ser muito pequena, incomodando bastante para quem quer acompanhar a história mais detalhadamente. Não achei nenhuma opção nos menus para alterar isso. Bola fora.
Vamos fugir!
The Dark Pictures Anthology: Little Hope é uma excelente experiência para quem gosta de jogos de terror. Aliado a um fator replay extenso (afinal, você quer saber os outros finais e o que pode acontecer), é um jogo que te atrai pela simplicidade e a quantidade de alternativas que ele lhe propõe.
O jogo está disponível para PS4, Xbox One e Microsoft Windows, via STEAM.