Uncharted: Fora do Mapa | Crítica  – Começo essa crítica dizendo que o Tom Holland é um ser manifestado, e digo isso no melhor dos sentidos possíveis, porque, o ator além de interpretar Billy Elliot no teatro, teve a chance de interpretar seu herói favorito no cinema e agora realiza o sonho de performar Nathan Drake, o personagem principal da sua série de jogos favoritos.

O elenco

O filme, porém, não consegue aproveitar dos diversos atores renomados que compunham seu elenco para ser algo além de uma versão soft de Indiana Jones. O filme que é dirigido por Ruben Fleischer (Zumbilândia,Venom) conta em seu elenco principal com atores como Antonio Banderas que eu tenho o desprazer de dizer que é totalmente subaproveitado em um nível desesperador, Tati Gabrielle (Sabrina), Sophia Ali e Mark Wahlberg que provavelmente estava precisando fazer uma obra em seu banheiro ou na sua sala de jantar e fez o filme em modo automático.

A trama e seu desenvolvimento

Uncharted
Reprodução: Uncharted: Fora do Mapa Crítica

Uncharted conta o início da jornada de Nathan Drake, um jovem órfão apaixonado por mapas, quebra-cabeças e histórias de tesouros que ganha a vida como garçom em um bar americano e aplica pequenos golpes e furtos em clientes mais bem afortunados.

Durante um desses pequenos golpes ele é abordado por Victor Sullivan (Mark Wahlberg), um caçador de tesouros e antigo companheiro de seu irmão desaparecido, que precisa de sua ajuda para encontrar o Tesouro de Magalhães.

O desenvolvimento do filme é lento e mesmo com lampejos de Tom Holland, não chega a ser engraçado em sua grande parte, não gera interesse visual e com exceção da última sequência dos barcos, não empolga.

Poderíamos ficar citando diversos filmes com a mesma temática que não tinham o mesmo hype e ou background que Uncharted tinha e que foram bem recebidos pelo público, mas a realidade é que sua produção de mais de 10 anos provavelmente é a maior culpada disso tudo.

O filme tem algumas cenas que parecem que foram tiradas de dentro do videogame, isso pode ser visto de dois modos: pelo lado bom, Tom Holland simula algumas das acrobacias do jogo muito bem e até se movimenta como personagem do jogo em determinados momentos, mas vou tomar liberdade de pegar de exemplo a ruim sequência do avião que se passa de dia e se soma a aplicação de um CGI de procedência muito duvidosa e que acaba nos tirando de um dos momentos que deveria ser mais legais do filme.

Uncharted: Fora do Mapa Crítica
Reprodução: Uncharted: Fora do Mapa Crítica

Veredito

Uncharted tem poucos lampejos de diversão e em um mundo que é dominado por franquias gigantescas, se perde como mais uma adaptação de videogame fraca que almejava muito e entregou pouco.

O filme, porém, tem ao seu lado o fato de não se levar tão a sério e ter uma base de fãs fiéis que irão ao cinema ver o início da jornada de Nathan Drake, o que pode não ser o suficiente para garantir sua sequência mesmo com os ganchos deixados durante o filme e na cena extra.

Finalizo dizendo que se não fosse o terceiro ato do filme não haveria nenhum bom motivo para ir assistir Uncharted nos cinemas. Aos fãs dos jogos, que almejam ver mais conteúdo da icônica série fica aqui minha recomendação de que vá ao cinema, mas com expectativas baixas e a certeza de que esse filme não causa a mesma sensação de ter um controle dualshock na mão.

Uncharted: Fora do Mapa Crítica estreia nos cinemas no dia 17 de fevereiro.

*cabine de imprensa da Sony*

*Crítica escrita pelo colaborador Renan Jordão*

REVER GERAL
Roteiro
Direção
Fotografia
Elenco
Figurino
Trilha Sonora
Thai Spierr
Crítica, criadora de chocobo e consumidora de animes e games em tempo integral. Especialista em estudos sobre acessibilidade e classificação etária em jogos
uncharted-fora-do-mapa-criticaUncharted: Fora do Mapa tem poucos lampejos de diversão e se perde como mais uma adaptação de videogame que almejava muito e não soube mostrar seu potencial.