Em um mundo inspirado pela mitologia nórdica, Valkyrie foi sumonada por Odin para cuidar de coisas que agora ele já não consegue. Ele foi gravemente ferido por Fenrir em uma batalha e a singela tarefa de salvar o mundo foi passada então para a nossa protagonista do jogo.
Valkyrie Elysium é na verdade um spin-off de Valkyrie Profile que foi lançado em 1999 e aproveitando das novas mecânicas disponíveis, a Square Enix atualizou essa franquia que já havia sido esquecida por muitos.
Como já haviamos ressaltado no review da Demo, o jogo tem um início muito bem direcionado, quase como se o jogo segurasse sua mão do jogador e explicasse o que é ou não possível no jogo. Para uma Demo a primeira hora funcionou perfeitamente bem, mas quando de fato descobrimos que o jogo na verdade não passa daquele padrão de estruturação fases e capítulos até o final da campanha a jogatina se torna cansativa.
Um jogo com personalidade
Valkyrie Elysium é inegavelmente um jogo com personalidade, trazendo um design com traços fortes para ressaltar elementos e personagens do mapa e traz uma história que apesar de não conter com plot tão surpreendente, segue sendo bem interessante e rica quando o assunto é mitologia nórdica.
É impossível falarmos de jogos da Square Enix sem citar suas esplêndidas trilhas sonoras, e é claro que em Valkyrie Elysium o resultado não seria diferente. Motoi Sakuraba é a mente por trás de toda essa melancolia épica que preenche os grandes vazios do mapa e deixa a jornada menos saturante.
Um vazio preenchível
Infelizmente esse action RPG sofre de um grande problema, que é muito comum entre outros jogos do mesmo gênero. Valkyrie Elysium apesar de contar com cerca de 16 horas de campanha principal, apresenta diversos e incessante mapas vazios que consistem em enfrentar os novos inimigos de cada capítulo repetidas vezes até chegar no chefe final.
Assim como a quantidade de inimigos, a disposição dos baús é bem equilibrada. Esses tesouros que podem ser achados espalhados no mapa podem te dar itens muito importantes, além de habilidades – caso o jogador opte pela dificuldade alta de combate.
Certamente o tópico que mais brilha no jogo são as mecânicas relacionadas ao combate. Além do jogador ter que explorar Midgard em busca de almas e artefados, a protagonista também conta com a ajuda dos Einherjar, almas de guerreiros poderosos do passado que ajudam nos combates.
Deslumbre Visual
Quanto ao combate em si, tudo se apresenta de forma bastante dinâmica e fácil de se controlar. Se você é um jogador que está em busca de uma aventura com desafios, certamente terá que selecionar a opção “difícil”, já que a “normal” não exige muito da capacidade de combate do jogador que está controlando. Um fator importante que não pode ser esquecido, o jogador não poderá alterar a dificuldade do jogo quando inicia a jornada, ou seja, será necessário começar um novo jogo.
Os ataques especiais tanto da Valkyrie, dos chefes e também dos Einherjar transformam os cenários em um espetáculo visual que é possível fazer de tudo um pouco nos combates.
Os Einherjar, que são basicamente summons que você pode invocar para te ajudar na batalha utilizando a “barra de alma”, transformam totalmente o combate. É muito improvável que você passe de uma batalha sem invocar eles.
As batalhas contra os chefes podem se tornar bem extensas, porém os desenvolvedores de forma bem inteligente disponibilizaram combos aéreos e a mecânica de “gancho” de uma forma bem estruturada. Inclusive, a exploração do mapa oferece certa verticalidade justamente com o uso desse gancho, que também pode ser utilizado durante o combate, fazendo com que você consiga se aproximar bem rápido de um inimigo se puxando até ele.
Uma boa jornada?
Valkyrie Elysium apesar de apresentar vários elementos consagrados dos JRPGs vai na contramão da maioria deles por contar uma localização PTBR. Já sobre a acessibilidade, infelizmente não foi dessa vez que o tópico ganhou destaque por ser inclusivo, mas conta com algumas poucas opções que facilitam a jogabilidade.
Apesar das mecânicas de combate brilharem a todo instante e envolver os jogadores em uma trilha sonora melancólica épica, Valkyrie Elysium peca ao apresentar incessantes mapas vazios a cada novo capítulo.
Key cedida por: Square Enix