Chegando para PC (Steam), Xbox One, PlayStation 4 e Nintendo Switch em 14 de outubro, o game Vigil: The Longest Night traz uma mistura de plataforma 2D, com ação e uma história intrigante.  O jogo foi desenvolvido pela Glass Heart Games e distribuído pela Another Indie. Logo em uma primeira vista já é possível perceber referencias diversas, como Castlevania, Salt e Sanctuary e aquela pitada de jogos da franquia souls/born que trazem um desafio a mais para as batalhas ao gerenciar recursos como a energia do personagem. Além disso, o jogo é recheado de missões e submissões para serem cumpridas em um mundo parcialmente aberto para exploração.

Muitos mistérios e horrores

Em um mundo coberto de sombras, onde o sol não aparece mais, monstros terríveis encurralam as pessoas em cidades que mais parecem fortalezas. Inicialmente, é mostrada a protagonista – chamada Leila – em uma espécie de santuário em que ela foi treinada para combater tais monstros. Leila volta para sua cidade natal para encontrar sua irmã e se depara com situações estranhas, mistérios e uma armação que deve ser desvendada.

Um bom design é fundamental

Como já dito anteriormente, o jogo possui diversas referencias. Porém, o ponto aqui é abordar uma que além de influenciar na jogabilidade, também afeta características como design dos ambientes e itens,  monstros e palheta de cores escolhidas. No caso, a referencia  é Blood Born cuja influencia é revelada com o estilo das armas, forma de recuperar vida  e construções que remetem ao estilo Gótico. Até mesmo os pontos de salvamento no jogo são lanternas, porém em formato de corujas.

O uso das referencias traz uma riqueza de detalhes muito interessante ao jogo e elas é usada de formas coerentes. Desta forma, ao explorar suas inspirações é criado um clima próprio que consegue atrair o jogador  e mostrar uma gameplay funcional, divertida e desafiadora. Durante a gameplay o único problema encontrado foi a interação com duas plataformas específicas na cachoeira próxima a cidade. Quando alcançadas fora do ponto – mais ainda sim dentro da plataforma – o personagem era jogado para o patamar inferior do cenário.

A hora do horror

Um ponto de destaque nos inimigos e sem dúvida o seu design. Eles se apresentam ameaçadores – e realmente são –e conseguem  passar o horror do universo do game. Em relação aos mobs, suas movimentações não são complexas e são identificadas facilmente, o que não que dizer que eles não são fortes já que alguns hits já pode matar Leila. Os chefes apresentam variações em sua complexidade, quando apresentam uma fase seus movimentos são marcados e em poucas tentativas são superados. Entretanto, quando com mais de uma fase – sim! Um dos chefes tem praticamente três fases – exigem mais técnica e precisão do jogador.

Evolução do personagem

A evolução do personagem é baseada na skills de armas, pois cada um dos tipos apresentam suas árvores específicas e bonificações  para suas demais variações, sendo os pontos para a evolução são obtidos ao subir de nível. De forma geral, o sistema não é complexo e permite a evolução de diferentes árvores ao mesmo tempo, ainda mais que alguns tipos de inimigos são mais fáceis de serem eliminados com determinados tipos de armas. Entretanto obter maestria em mais de uma irá exigir que o jogador gaste tempo na repetição de cenários para a obtenção de mais experiência.  

 

Veredito

Vigil: The Longest Night é um jogo indispensável  para quem procura uma aventura tensa, desafiadora e recompensadora. Suas mecânicas funcionam bem, os design são muito bem feitos e a inserção do jogador aos seus aspectos é feita de forma gradual. Assim, ao não jogar todas as habilidades de uma única vez, o jogo consegue direcionar os caminhos acessíveis em cada momento para o jogador sem ignorar sua capacidade.

NOTA: 4/5

Jogo cedido por: Another Indie