Theodore Robert Bundy, mais conhecido pelo apelido “Ted Bundy” ganhou uma cinebiografia dirigida pelo diretor Joe Berlinger com 110 minutos de duração. No longa nos acompanhamos a vida do serial Killer que matou, pelo menos, 30 mulheres em sete estados norte-americanos durante a década de 1970.
Apesar da proposta inicial de acompanharmos o filme a partir do ponto de vista de sua noiva, Elizabeth (Lily Collins) isso de perde no decorrer do longa, deixando a narrativa um pouco confusa e menos empática. De fato o filme poderia captar mais o espectador fazendo-o imergir por completo na pele de Elizabeth se explorasse mais sua proposta inicial, o ponto de vista de sua noiva, Liz. Os rápidos cortes de cena não deixaram o espectador criar um vínculo mais profundo com Liz, mas apesar disso, Lily Collins saiu muito bem interpretando Elizabeth em suas cenas.
O longa pode não cumprir sua proposta inicial, mas Zack Efron mostra que é o verdadeiro “rei do show” e orquestra um show de cinismo e horrores na pele do serial killer Ted Bundy. A atuação de Zac não deixou a desejar e fez com que todos até certo ponto repensassem se de fato aquele homem cometia as atrocidades relatadas. Não temos como negar que o ator conseguiu expressar todo o carisma e charme de Ted tornando-se o melhor sinônimo de “as aparências enganam.”
O filme ainda aborda um tema muito importante que é a “glamorização do absurdo”, apesar dos crimes cometidos por Ted, o serial killer contava com uma legião de seguidoras, após seu julgamento ser televisionado, e isso inclui a personagem Carole Ann Boone vivida por Kaya Scodelario, que por estar perdidamente apaixonada por Ted, acreditava cegamente nele até o final. O longa não teve um ponto de vista claro e cometeu o erro de privilegiar o lado gentil e amoroso de Ted como um todo, pois o que o tornou memorável foram suas atrocidades, porém se redimiu no final destacando os crimes que ele cometeu e mostrando sua brutalidade.
O filme estreia 25 de julho nos cinemas.
NOTA: 3,5 / 5