“O que você vê além desta parede?” é a frase que convida o espectador a conhecer a verdade por de trás da carreira da icônica Judy Garland, que deu vida a Dorothy no clássico O Mágico de Oz. Na trama o espectador é apresentado a sua fase decadente da vida, apesar de frequentemente introduzir cenas da sua adolescência enquanto filmava o inesquecível O Mágico de Oz.
O foco da trama é sua tentativa de se reerguer quando a mesma parte rumo a Londres, onde a cantora e atriz é ainda ovacionada e amada pela população. Tendo que abrir mão de sua vivência com seus dois filhos que ficaram nos Estados Unidos, Judy vai para Londres se apresentar em uma casa de shows durante uma temporada a fim de se reerguer e voltar para seu País natal e conseguir manter seus filhos sem precisar contar com a ajuda de seu ex-marido e ex-empresário.
Podemos dizer que o diretor Rupert Goold fez uma escolha para lá de magnífica ao escolher Renée Zellweger para entrar na pele de Judy Garland. A atriz não fez apenas um excelente trabalho demonstrando o olhar vazio e agoniante de Judy e seus maneirismos, como mostrou um impecável potencial vocal – que deixa qualquer um arrepiado–
Nesta cinebiografia é mostrada a constante pressão que Judy sofria ao longo das filmagens de O Mágico de Oz e como isso teve reflexo na sua vida adulta lhe causando até mesmo dependência de medicamentos que ela tomava vocal – forçadamente – para manter seu bom desempenho durante as gravações.
No longa vemos que Hollywood lhe cobrou um preço alto e que deixou marcas para o resto de sua vida. Judy – Muito Além do Arco-Íris conseguiu prestar uma homenagem clara e honesta de uma grande artista que sofreu nessa indústria glamourosa, machista e assustadora.
NOTA: 4,8 / 5