Neste dia 13 de fevereiro estreia uma produção do Lantern Studio, LUNA The Shadow Dust. O jogo foi recebido com antecedência pela equipe do Megascópio com intuito de análise e podemos afirmar com toda a certeza que é uma experiência deslumbrante. LUNA The Shadow Dust é um jogo de quebra-cabeças com mecânica de clique arraste, possuindo dois personagens principais: o menino e uma criatura misteriosa (Luna não é o nome de nenhum dos personagens!).
A arte de contar histórias
O grande diferencial de LUNA The Shadow Dust é sua arte, feita via animação tradicional, utilizando fotogramas. Há mais e 250 animações e 20 minutos de cutscenes lindamente animadas. O efeito passado no jogo realmente remete a uma certa nostalgia, com uma paleta de cores pastel acentuada pelo us inteligente da iluminação. O mais impressionante foi descobrir que essa obra foi feita por apenas quatro pessoas.
LUNA The Shadow Dust também se destaca por não apenas um jogo de quebra-cabeças comuns. Conforme o jogo avança, novas cutscenes revelam a história dos personagens. Entretanto, as informações são dadas aos poucos, criando um clima de mistério que só é completamente revelado no final do jogo. A parte mais incrível é que não há nenhum diálogo no jogo inteiro! Todas os eventos e emoções são demonstrados – com maestria – somente através da arte impecável e da trilha sonora.
E que trilha! Todas as músicas do jogo são originais e realmente entregam uma experiência única. Como não há nenhum diálogo, a responsabilidade de dar peso às cenas cai totalmente sobre a soundtrack, portanto foi excelente descobrir o impacto deixado por ela. E o melhor foi que, durante os quebra-cabeças mais difíceis, a música não era distrativa, e sim até mesmo calmante em certos momentos.
Desafios na torre
As fases de LUNA The Shadow Dust são divididas pelos quartos da torre que os dois personagens estão subindo. Falando neles, o menino e seu companheiro possuem dinâmicas de gameplay, estendendo as opções de exploração nos níveis. A criaturinha não consegue pular grandes alturas, por exemplo, enquanto o menino não consegue entrar em locais apertados.
Quanto à dificuldade, LUNA The Shadow Dust entrega um desafio progressivo. Quanto mais alto na torre, mais complexos são os quebra-cabeças. A beleza da gameplay está na atenção aos detalhes: sempre há uma dica nos belíssimos murais ou inscrições nas paredes. Além disso, o sistema de clique e arraste tem diferentes ícones para diferentes ações, que permitem prever com quais itens os personagens podem ou não interagir.
Aqui levei cerca de cinco horas para finalizar o jogo, sendo uma boa média para desvendar os quebra-cabeças – acrescente ou tire uma hora ou meia hora. A melhor parte é que todos os níveis funcionam independentemente, você não precisa voltar aos andares anteriores ou pegar itens ocultos para progredir.
Com inspirações artísticas deslumbrantes, trilha sonora impecável, gameplay desafiadora e história emocionante… único defeito da produção indie LUNA The Shadow Dust seria o fato dele ser muito curto. O jogo será mais um referencial da regra de ouro das histórias visuais: mostre, não conte.
Cópia: Cedida pela distribuidora
